Acha que falta de dinheiro é desculpa para ficar sem viajar,
pois saiba que qualquer pessoa pode viajar todos os anos, desde que tenha renda
mensal, independente do valor para isto basta fazer um planejamento rigoroso
para garantir uma viagem por ano. E sem dívidas na volta para casa.
Nem sempre será possível realizar o passeio dos sonhos,
claro. Mas existem opções de roteiros interessantíssimos que cabem em
orçamentos bastante enxutos – Buenos Aires, por exemplo, está ao alcance até de
quem ganha um salário mínimo.
Fórmula da economia
O segredo é reservar parte da renda mensal para pagar a
viagem de férias – seja guardando o dinheiro ou pagando financiamento. O valor
vai depender das suas prioridades financeiras, mas não pode ultrapassar o
equivalente a um terço do salário.
Para chegar a tal fração há que se considera o padrão médio
de gastos dos brasileiros. Que se traduz pela seguinte fórmula: um terço da
renda mensal é usado para pagar despesas fixas, como aluguel e mensalidade
escolar; o segundo terço, para custeio do dia a dia e lazer, como transporte,
alimentação e ingresso do cinema. A terceira parte corresponde à poupança –
desta fração sai o necessário para bancar a viagem.
De acordo com especialistas em finanças algumas divergências
surgem neste ponto. O professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Evaldo Alves não vê problema em usar integralmente a poupança para pagar a
viagem. Já o professor de Finanças Samy Dana, da Fundação Armando Álvares
Penteado (Faap) e também da FGV, recomenda que o investimento em turismo não
ultrapasse metade da economia mensal – ou seja, cerca de 15% do salário.
Para o professor de Hotelaria Alberto Moane, do SENAC, as
opções de pacotes disponíveis hoje permitem que o viajante gaste não mais que
3% a 5% de sua renda no roteiro de férias. “Cruzeiros marítimos são o melhor
exemplo. Atualmente, você paga uma viagem de navio com R$ 80 por mês, em dez
parcelas”, diz.
Para economizar durante a viagem
As despesas diárias da viagem precisam ser consideradas na
hora de planejar. Em média, recomenda-se 100 unidades monetárias do país
visitado por pessoa a cada dia. Pesquise preços de refeições e passeios,
estabeleça uma cota diária e trate de obedecê-la.
Para isso, vale pedir dicas a moradores, que podem indicar
restaurantes bons e baratos. Encontre opções de visitas gratuitas em museus –
muitos têm entrada grátis nas últimas horas do dia – e city tours que não
cobram pelo passeio, em geral, disponíveis nos centros de turismo.
Nas viagens em família, nada disso dará certo se não for
combinado antes. Cada integrante do clã deve saber quanto poderá gastar por
dia. E, por falar em família, vale lembrar que, para mais pessoas, a melhor
escolha é procurar um destino adequado ao orçamento. Aumentar a cota financeira
para a viagem pode resultar em dívida – e cancelar as férias do ano que vem.
Outra dica também é aproveitar as promoções relâmpago de sites de compra
coletiva tão comum hoje em dia e os famosos seguros viagem.
Fazendo as contas
(1) Divida o preço do pacote por 12 para achar o valor a ser
poupado por mês.
(2) Acrescente 0,5% à parcela mensal – o que resultará, em
um ano, em economia aproximadamente 6,2% superior ao preço inicial do pacote,
segundo o professor Samy Dana.
(3) Calcule 15% da sua renda. Se o resultado for maior que o
montante a ser economizado por mês, você tem fôlego para investir na viagem.
Fonte: Viajante do mundo