O governo se reuniu com seus aliados na Câmara dos Deputados para fechar uma proposta que enterre o fator previdenciário e a aposentadoria só por tempo de contribuição. O plano é que os deputados votem o projeto em até dois meses.
Quem já é filiado à Previdência entraria na chamada fórmula 85/95, se a ideia terminar aprovada. Isso quer dizer que, para as mulheres, a soma da idade com o tempo de contribuição tem de dar 85 para elas ganharem direito à aposentadoria integral. Para os homens, essa soma teria de dar 95.
Quem ainda não tiver começado a contribuir vai entrar em outro esquema, de idade mínima. A aposentadoria só seria dada para homens com mais de 65 anos e mulheres com mais de 60. Hoje, a idade média de quem se aposenta é 53 anos.
Mexer na aposentadoria é complicado, claro. Mas chegou um ponto em que não fazer isso iria colocar em risco os idosos do futuro, ou seja, os trabalhadores de hoje.
A população está envelhecendo. As pessoas estão vivendo mais. Sustentar todo mundo que para de trabalhar tão cedo já não vai ser possível.
Um cidadão que larga o batente aos 50 anos pode passar outros 20 ou 25 anos recebendo da Previdência. É uma despesa e tanto para o governo (ou seja, todos nós).
Além disso, o modelo atual inclui um cálculo complicado para a aposentadoria. Quem quer pendurar as chuteiras enfrenta dificuldade em saber se já tem direito ao benefício integral. A fórmula 85/95 simplifica essa conta.
Só que, mesmo complicada, a regra em vigor acabou não impedindo as aposentadorias de pessoas ainda relativamente jovens.
Se isso continuar acontecendo, mais na frente ocorrerá um desastre completo nas contas da Previdência.
fonte: http://www.agora.uol.com.br/editorial/ult10112u1113625.shtml
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