11 dicas para perder o medo de dirigir

Pisar no acelerador, trocar de marcha, dar seta, prestar atenção no veículo de trás e não deixar o motor morrer pode ser tarefa automática para milhões de pessoas diariamente, mas para outras é motivo de pânico. Entre o total de vítimas da chamada “síndrome do carro na garagem”, 85% são mulheres, entre 30 e 45 anos, e 15% são homens, de acordo com pesquisa regida pela psicóloga Neuza Corassa, autora do livro “Vença o Medo de Dirigir”, que já está em sua 13ª edição, e diretora do Centro de Psicologia Especializado em Medos (CPEM), em Curitiba.

É possível que os atingidos pela amaxofobia – esse é o nome técnico para o pavor de dirigir – tenham sido criados na época em que os automóveis eram relacionados à figura masculina ou sofrido algum grande trauma. “No entanto, esse é o menor grupo. O que foi constatado é que o trauma é apenas um aval para a pessoa continuar se encondendo atrás do medo e ser mais bem compreendida pela sociedade”

 Como superar?

Segundo Cláudio Reis, professor de Psicologia cognitivo-comportamental da Univerdade Estadual Paulista (Unesp) de Assis, o medo é uma consequência. Portanto, as causas devem ser descobertas. “Ele costuma ser benéfico quando funciona como sistema de proteção, mas é considerado um problema – jamais uma doença! – quando alcança um nível acima da capacidade de enfrentamento”.

É por isso que existem autoescolas especializadas para pessoas já habilitadas, com aulas de direção e acompanhamento com psicólogos – algumas também incluem terapias em grupo. Não existe prazo preestabelecido para superar, mas o estimado é de três meses a um ano, ou 20 sessões (uma por semana), dependendo da técnica utilizada.

 Pisca-alerta: veja 11 dicas práticas para vencer o medo

1. Autoconhecimento e autocontrole são fundamentais. Permita-se errar e procure ser menos exigente, afinal, você está aprendendo.

2. Faça exercícios físicos ou relaxamento muscular para o corpo produzir endorfinas capazes de neutralizar a química da ansiedade, chamada noradrenalina.

3. Aproxime-se de seu carro dentro da garagem. Comece aos poucos: entre, ajuste o banco e familiarize-se.

4. Ainda dentro da garagem, ligue o automóvel e leve-o para a frente e para trás.

5. Dê uma volta no quarteirão, de preferência em horários sem movimento e em ruas tranquilas. Quando perceber que a ansiedade durante o percurso é nula, ande por dois quarteirões e, então, pelo bairro.

6. Marque em sua agenda pelo menos duas vezes por semana para conduzir seu carro, como se fosse uma tarefa do dia a dia – até que se torne um hábito.

7. Quando se sentir mais confiante, inicie trajetos maiores. Imponha dez diferentes destinos em ordem crescente de dificuldade: padaria, supermercado, trabalho e assim por diante.

8. Não se assuste com a continuação de alguns sintomas, a exemplo de taquicardia, boca seca ou mãos trêmulas. Eles tendem a diminuir com o tempo e a prática.

9. Não prove nada a ninguém para evitar aumentar as expectativas e, consequentemente, a ansiedade.

10. Convide um amigo para acompanhá-lo apenas se ele for calmo e não privar sua liberdade como motorista.

11. Se o medo impede que você comece sozinho, peça ajuda a um profissional.

Fonte:delas.ig.com.br
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